Lá, testemunharam logo de chegada que as paredes internas e externas da escola exibem diversos tipos de produções dos alunos, o professor é desafiador e estimula as potencialidades dos discentes, não copia os modelos obsoletos que reforçam as práticas androcêntricas, valorizam a autonomia e a criatividade nos processos de construção do conhecimento. Durante as aulas, a professora Mara Lúcia Barbosa explicou como o trabalho interdisciplinar valoriza os conteúdos universais sempre relacionando-os com o local, ou seja, contextualizando. A professora Sônia Costa, que durante muitos anos foi diretora pedagógica da S.R.E.-Caxambu, enfatizou aos acadêmicos que esta é a verdadeira aprendizagem significativa. Segundo Paulo Freire, ensinar exige ética e estética que emergem da mais profunda experiência afetiva com o outro. A busca pela excelência nos processos educacionais passam pela sensibilização e consciência de nossa condição humana.
A construção do conhecimento, a pedagogicidade do local, o despertar do potencial criativo são pontos relevantes para a formação plena dos educandos, apregoados pelos educadores do Brasil e do mundo, mas raramente testemunhados no dia a dia das escolas. Nesta visita, os acadêmicos testemunharam a prática inspirada e norteada pela teoria. No trabalho educacional realizado no Vale do Matutu, percebe-se o envolvimento da comunidade com a escola, sem que se faça campanhas ou palestras instrucionais; a coletividade assume suas funções consciente de que a instituição de ensino é a mola mestra de toda sociedade e pertence a todos. É comovente testemunhar como esta postura se concretiza na obra do novo prédio, construído através de mutirões e doações, para a extensão de séries da escola que passará a ter o infantil e fundamental completo em uma parceria promissora entre comunidade, município e estado. Parceria mediada pela capacidade de sonhar, acreditar e transformar!
